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01/09/2021 às 09:27, Atualizado em 03/09/2021 às 20:41

No encerramento do Agosto Lilás, evento marca 2 anos de implantação da sala lilás

O mês foi marcado com várias ações a fim de sensibilizar as pessoas sobre a violência doméstica

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Autoridades celebrando o aniversário de dois anos da Sala Lilás. (Foto: Rafael Brites)

Após um mês marcado por várias ações, a Coordenadoria da Mulher encerrou a campanha Agosto Lilás "O amor não causa dor”, nesta terça-feira (31), na Sala Lilás, anexa à Delegacia de Polícia Civil do município. No local, também aconteceu a comemoração aos dois anos de funcionamento da Sala Lilás,

Ao longo do mês a Coordenadoria promoveu blitz educativa, palestras, aula de defesa pessoal, rodas de conversas, concurso literário, entregas de materiais informativos e esteve em vários locais a fim de sensibilizar as pessoas sobre o importante tema. Em agosto também foi aprovada a criação da Procuradoria da Mulher na Câmara de vereadores do município.

Natalia Souza, responsável pela Coordenadoria da Mulher, reforçou que, apesar da campanha ter sido encerrada, o trabalho continua. “Esse mês surpreendeu, teve um engajamento muito grande, principalmente, a educação, através do projeto Maria da Penha vai à Escola, pois assim plantamos a sementinha nas crianças. Trabalhamos, incansavelmente, o mês inteiro neste tema e, com as informações, atingimos muitas mulheres, os dados da delegacia demonstram isso. Sempre que trabalhamos o tema os números de denúncias e procura de ajuda aumentam. Falar do tema encoraja as mulheres e oferece segurança para que procurem ajuda. Por isso os boletins de ocorrência aumentam. Falar sobre a violência doméstica é o primeiro passo para o enfrentamento. Este ano, a Câmara teve uma parceria incrível criando a Procuradoria da Mulher, mais um local para a mulher se sentir segura e com apoio”, destacou.

Em agosto, a delegacia registrou 52 boletins de ocorrência de violência doméstica, sendo emitidos 34 medidas protetivas de urgência.

A delegada Thais Duarte destacou a importância da sala lilás para as mulheres do município. “Na sala lilás as vítimas se sentem acolhidas e se motivam a procurar ajuda. Agosto é sempre um mês que os números de boletins de ocorrências são maiores. Por causa da campanha, as vítimas têm mais informação e acabam buscando ajuda”, disse ainda sobre a rede de enfrentamento à violência doméstica. "Temos um diálogo muito aberto com a Assistência, Saúde, Educação, Conselho Tutelar. São órgãos parceiros que atuam em conjunto. A violência doméstica não é só um caso de polícia, precisa de atenção de todos os setores da sociedade para que consigamos erradicar esse problema”.

O delegado de Polícia Civil, Diego Dantas, ressaltou que a sala lilás do município é reconhecida no estado. “Sidrolândia foi a primeira cidade a abrir a sala. Isto só foi possível graças a rede de apoio, tanto da Prefeitura, Ministério Público e Poder Judiciário, que nos ajudou a implementar esse projeto e tem dado muito certo".

A sala lilás foi implementada em agosto de 2019 e faz atendimento humanizado das vítimas. No local, a pessoa é ouvida e é orientada sobre seus direitos. Nestes dois anos, a sala atendeu 836 vítimas de violência doméstica.

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Da esquerda para a direita, secretária Elaine Brito, coordenadora Natália Souza, secretária Aletânia Gomes, subsecretária Luciana Azambuja e vereadora Joana Michalski. (Foto: Suélen Duarte)

A subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azambuja Roca, visitou nesta terça-feira (31) a Coordenadoria da Mulher e a sala lilás do município. “É a nossa primeira sala lilás do estado e é referência em atendimento humanizado, qualificado e especializado. Desde a sua inauguração, as mulheres passaram a ter mais coragem de procurar ajuda e denunciar. O mês de agosto é o mês que tem mais registros, isso por conta da campanha agosto lilás, é a nossa maior ação de mobilização pelo enfrentamento e ela chegou a 79 município”, destacou.

De acordo com ela, a Subsecretaria acompanha os dados mensais de violência doméstica em todo o estado, servindo de base para a elaboração de políticas públicas para as mulheres. “Vimos que os números de denúncia caíram na pandemia, isso significa que as mulheres tiveram mais dificuldade de sair de casa e ir até uma delegacia, o que comprova essa tese é o aumento de feminicídio e o aumento dos chamados da Polícia Militar”, relatou.

Lembramos que a violência não é somente física, há também a psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Confira os canais de atendimento em Sidrolândia.

- Assistência Social: rua Paraná, 1885, bairro Jandaia.

- Coordenadoria da Mulher: rua São Paulo, 1115, centro.

- Sala Lilás: rua Alagoas, 760, centro.

- Unidades de Saúde.

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